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jul

Quem não tem visão profética não trabalha por mudanças. As mudanças vêm por uma visão e por um projeto, e estes são resultados de um sonho. Todo sonho precisa ser perseguido, pois somente assim o êxito será alcançado.

A Bíblia diz que haverá uma classe de pessoas que sonhará. Nós fazemos parte dessa geração sonhadora. Particularmente, sou um homem que sonha muito e, para mim, os sonhos são como decretos. Entendo que, desde a época de José, os sonhos são de fundamental importância para que os projetos nasçam e a visão de Deus tenha pleno êxito (Gênesis 37).

Um sonho não nasce apenas para impactar, mas para pro­ mover mudança. Se houver impacto, mas não houver mudança, de nada vale. Um sonho que gesta uma visão e um projeto são responsáveis pela formação de uma personalidade.

Em Gênesis 37, conhecemos um homem que começa a sonhar dentro da sua casa, José. Deus não nos dá sonhos que se estendam sobre uma geografia distante e longínqua, antes de nos dar sonhos em nosso lar. Qual o maior universo que existe senão a família?

Este estudo nos apresenta um homem que sonhava dentro da sua própria casa e foi perseguido por seus irmãos por causa dos seus sonhos.

Um sonho pode levá-lo a muitas perseguições. Os sonhos que vêm de Deus não lhe dão apenas aplausos, mas causam ameaças. O aplauso e a vaia precisam ter o mesmo peso para o sonhador. Quando um sonho vem de Deus, ele é inquestionável e irrevogável. O verdadeiro sonho nasce dentro da parentela, como foi com José.

José, dentre os seus irmãos, uma equipe de 12, declarou o seu sonho. Seus irmãos se voltaram contra ele, mas José não se calou. Quando alguém tem convicção de que o seu sonho vem de Deus, ainda que venham os contra-ataques, ele não desiste.

Todo sonho publicado atrai uma guerra. Na publicação de um sonho, é travada, no mundo espiritual, uma guerra com aquele que tenta impedir a realização dos sonhos.

Na casa de seu pai

“Israel amava mais a José do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores. Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que a todos eles, odiavam-no, e não lhe podiam falar pacificamente. José teve um sonho, que contou a seus irmãos; por isso o odiaram ainda mais.” (Gênesis 37:3-5) É muito gostoso quando estamos na casa do pai, olhamos para os irmãos e lhes contamos o que Deus tem colocado em nosso coração. Há até aqueles que gostam de ameaçar os irmãos através de seus sonhos. Muita coisa é de Deus, outras são do homem.

O pai de José o amava profundamente, presenteou-lhe uma túnica que representava autoridade sobre seus irmãos, e ele gozava de bom conceito com aqueles que o cercavam. Porém, José não conquistou o coração dos seus irmãos, pois ele era filho da mulher amada do seu pai Jacó. José era protegido do seu pai, tinha regalias diferenciadas e uma administração muito forte, o que fazia com que seus irmãos o invejassem.

José liderava seus irmãos. Ele era o mensageiro de confiança do seu pai, Jacó, e trazia sempre as novidades de inadimplência dos seus irmãos, que tratavam o rebanho do pai com desdém. Por isso, os filhos de Jacó, irmãos de José, per­ seguiam-no, pois José tinha a proteção do pai. “Israel amava mais a José do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores.” (Gênesis 37:3).

José possuía um poder administrador muito grande, o que era notável. O que vemos na vida desse homem é uma liderança de destaque. Ele vence os limites da alma e se esmera por fazer um ministério de relevância dentro da casa do pai. Isso mostra que não importa a dificuldade ou apoio que recebemos. Se formos lideres ou se desatarmos a nossa liderança, não encontraremos obstáculos para vencermos na vida.

José era um homem com uma estrutura de alma muito forte, pois não se deixava abater pelas críticas dos seus irmãos. Até mesmo o seu pai lhe pedia para não contar mais os seus sonhos. “Quando o contou a seu pai e a seus irmãos, repreendeu-o seu pai, e disse-lhe: Que sonho é esse que tiveste? Porventura viremos, eu e tua mãe, e teus irmãos, a inclinar-nos com o rosto em terra diante de ti? Seus irmãos, pois, o inveja­vam; mas seu pai guardava o caso no seu coração.” (Gênesis 37:10-11)

Os sonhos de José estavam incomodando copiosamente seus irmãos, que viviam na sobra do rebanho do seu pai, e uma das coisas mais terríveis foi que eles pensavam que não eram amados, pelo fato de Jacó se dedicar de uma forma mais direta a José.

Mas José fez essa rota simpática; ele era gracioso, não guardava mágoa no coração. O que interessa é que, seja qual for a dificuldade, não permita que a sua liderança seja sufocada por causa das críticas ou interpretações equivocadas.

Continua…