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mar

Como você enfrenta a oposição? Sente-se em pânico quando o pressionam? Fica tenso, perde o controle, sente-se desalentado ou se dá por vencido? O que você faz? A descrição de responsabilidades de um líder inclui fazer frente aos ataques. O quarto capitulo de Neemias refere-se á estratégia de batalha: as táticas dos oponentes, os efeitos dessa oposição e a resposta correta do líder.

1. Um líder faz frente à oposição

As táticas dos oponentes: Quando Sambalate soube que estávamos reconstruindo o muro, ficou furioso. Ridicularizou os judeus e, na presença de seus compatriotas e dos poderosos de Samaria, disse: “O que aqueles frágeis judeus estão fazendo? será que vão restaurar o seu muro? Irão oferecer sacrifícios? Irão terminar a obra num só dia? será que vão conseguir ressuscitar pedras de construção daqueles montes de entulho e de pedras queimadas?” Tobias, o amonita, que estava ao seu lado, completou: “Pois que construam! Basta que uma raposa suba lá, para que esse muro de pedras desabe!” Ouve-nos, ó Deus, pois estamos sendo desprezados. Faze cair sobre eles a zombaria. E sejam eles levados prisioneiros como despojo para outra terra.

O escárnio é a primeira tática que os nossos inimigos costumam escolher, como mostra essa passagem. Depois de tantos anos, é uma estratégia que ainda funciona hoje. Muitos dos livros que você acha nas estantes relacionados aos negócios hoje falam da guerra psicológica no escritório. Se você é cristão, aumente a intensidade da batalha. O mundo não crente ridiculariza a igreja. As pessoas nos denigrem, discutem conosco, zombam de nós, caracterizam-nos como fracos, ignorantes e fanáticos, ou dizem que todos os pastores são fracos e covardes, ou caloteiros. A zombaria é constante, e é eficaz porque ataca a nossa auto-estima. Podemos suportar quase tudo, menos o ridículo. O ridículo é sempre o substituto do raciocínio, como podemos ver no ataque de Sambalate. O riso e sempre o substituto da lógica. Quando alguém o ridiculariza e provável que tenha medo de que você esteja com a razão. Eles têm medo de que você triunfe. Sambalate recorreu ao insulto: “aqueles frágeis judeus”. Com isso ele estava insinuando que a motivação deles era egoísta, e zombava das suas crenças. Estava exagerando nas acusações. Essas são as ferramentas típicas do escárnio. “Irão terminar a obra num só dia?”, perguntou. No entanto, ninguém havia sugerido tal coisa. Ninguém havia dito que o muro seria reconstruído em um dia. O exagero das acusações é uma tática típica do escárnio. Primeiro, criam uma imagem falsa do que acontece, e depois, procuram derrubá–la.

Ainda mais: o escárnio e algo contagioso. Uma vez que Sambalate lançou seus ataques verbais, seu comparsa, Tobias, lança o seu. Toda vez que alguém começa a ridicularizar, sempre há alguém que o segue. São os covardes que nunca teriam dito uma palavra por conta própria. Nesse meio tempo fomos reconstruindo o muro, até que em toda a sua extensão chegamos a metade da sua altura, pois o povo estava totalmente dedicado ao trabalho. Quando, porem, Sambalate, Tobias, os árabes, os amonitas e os homens de Asdode souberam que os reparos nos muros de Jerusalém tinham avançado e que as brechas estavam sendo fechadas, ficaram furiosos. Todos juntos planejaram atacar Jerusalém e causar confusão.

Os inimigos tramam uma resistência, e, agora, em lugar de um punhado de críticos, o que temos já e uma conspiração. Sambalate agitou os descontentes para que resistissem ao projeto de construção dos muros que Neemias havia lançado. Com Sambalate e os samaritanos ao norte, os árabes ao sul, Tobias e os amonitas ao leste e os homens de Asdode ao oeste, os judeus estavam rodeados. Para onde quer que olhassem, viam pessoas conspirando contra eles. Você já notou como as pessoas negativistas tendem a se juntar? Há alguns cujo único propósito na vida parece ser opor-se aos demais.

E os nossos inimigos diziam: “Antes que descubram qualquer coisa ou nos vejam, estaremos bem ali no meio deles; vamos mata-los e acabar com o trabalho deles”. Os judeus que moravam perto deles dez vezes nos preveniram: “Para onde quer que vocês se virarem, saibam que seremos atacados de todos os lados”.

A forma mais rápida de espalhar um rumor e se alimentar dos medos que as pessoas tem. “Antes que descubram qualquer coisa ou nos vejam, estaremos bem ali no meio deles”, diziam. O certo e que não tinham esse tipo de poder. O rumor de um ataque foi suficiente para incitar ao pânico. Quando alguém compreende que seus inimigos usarão rumores para atacá-lo, podem-se preparar para resistir a sua violência os rumores caracterizam-se por duas coisas:

1) Sempre são espalhados pelos que estão mais perto do inimigo: “Os judeus que moravam perto deles”. Os judeus que moravam fora da cidade e perto dos inimigos eram os mais negativistas. Você já esteve rodeado por gente negativista? Quando estamos, nós também vamos nos tornando negativistas. E como um vírus que nos infecta. Se o inimigo consegue infiltrar alguém dentro do acampamento que diga: “Isso não pode ser feito”, terá conseguido uma grande vitória. Ele o sabe, e assim se dedica a infiltrar-se em nossas fileiras. *

2) Os rumores vão se tornando mais exagerados a medida que se repetem: “dez vezes nos preveniram. Quando se exagera dez vezes um rumor, as pessoas começam a acreditar. Acho que foi Hitler quem descobriu que, se alguém repete uma mentira durante tempo suficiente, as pessoas começam a acreditar nela. A questão é a seguinte: O ponto de vista negativo sempre é exagerado nos projetos. Os líderes não engolem os rumores. Talvez os escutem, e cheguem até a ruminá-los durante algum tempo… mas nunca os engolem. Eles compreendem que os rumores são sempre exageros da verdade.

O efeito da hostilidade: Enquanto isso, o povo de Judá começou a dizer: “Os trabalhadores já não têm mais forças e ainda há muito entulho. Por nós mesmos não conseguiremos reconstruir o muro”. E os nossos inimigos diziam: “Antes que descubram qualquer coisa ou nos vejam, estaremos bem ali no meio deles; vamos matá-los e acabar com o trabalho deles”. Quando alguém está trabalhando duro e descobre que está sendo bombardeado com escárnio, os rumores e a resistência, o natural e que comece a se os rumores. sentir desanimado. O desalento e duplo: a intenção e a consequência da oposição.

Nesse meio tempo fomos reconstruindo o muro, até que em toda a sua extensão chegamos a metade da sua altura, pois o povo estava totalmente dedicado ao trabalho. Quando você acha ser mais provável que apareça o desânimo? Você tem em sua casa algum projeto inacabado? Geralmente, o desânimo aparece quando estamos na metade do projeto.

O desalento tem quatro causas principais:

1. A fadiga: “Os trabalhadores já não tem mais forças.” Um corpo cansado pode causar um espírito esgotado e desalentado. Descanse sempre que puder, para evitar este imobilizador de projetos.

2. A frustração: “e ainda há muito entulho”. Quando você está trabalhando num projeto tão gigantesco como o de Neemias, geralmente a frustração e um tema de percepção. Na realidade, os montes de escombros vão diminuindo, mas se continuarmos olhando escombros, isto e arrasador. Se nos limitamos a seguir em frente, poderemos vencer.

3. O fracasso: “Por nós mesmos não conseguiremos reconstruir o muro”. Quando você esta esgotado, tudo parece impossível. Vince Lombardi disse: “A fadiga nos converte em covardes”.

4. O temor: “E os nossos inimigos diziam: Antes que descubram qualquer coisa ou nos vejam, estaremos bem ali no meio deles; vamos matá-los”. Uma das táticas principais do inimigo consiste em induzir ao medo.

Os inimigos sempre têm dois objetivos: dificultar a palavra de Deus e deter a obra de Deus.

Qual é a resposta correta aos nossos opositores? Veremos no próximo estudo.